domingo, 20 de dezembro de 2009

A alma não tem segredos que o comportamento não revele - Lao-Tsé

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Dia desses, lá pelas 8 horas da matina, caminhava na praça Saturnino em direção ao Calçadão. Pouca gente por perto, quando de repente uma senhora derrubou uma nota de R$ 50,00 (novinha, nem dobrada estava). Aos gritos de "MOOÇA, MOOÇA" tentei, sem sucesso, chamar sua atenção para avisar. Corri, peguei a nota e a entreguei para a apreçada senhora. Depois disso, escutei o comentário de alguém que tinha presenciado a cena: "esse não vai ficar rico nunca".
... fiquei preocupado, não com a previsão/maldição do vivente e sim em pensar que essa é uma idéia comum entre as pessoas ... só se dá bem quem é "esperto", a maldita Lei de Gerson "leve vantagem você também".
E meu medo não é de ser trapaceado por esse tipo de pessoa, meu medo é em quem essas pessoas VOTAM.

domingo, 6 de dezembro de 2009

2010


Tenho que abandonar algumas estruturas estruturadas predispostas a funcionarem como estruturas estruturantes

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

“Esquecer é um mecanismo de sobrevivência” neurocientista Iván Izquierdo

É incrível como muitos fatos que ocorrem em nossas vidas são “deletados” da nossa memória. Os especialistas dizem que é para não “sobrecarregar o HD” (bom ... não é exatamente esta a expressão que eles usam, mas foi assim que eu entendi). Por outro lado, algumas coisas nos marcam de tal forma que não as esquecemos mais. Fatos, livros, músicas, ... ficam guardados, latentes, esperando um estimulo para ressurgirem tal qual Fênix. Quem, como eu, teve sua infância/pré-adolescência nos anos 80 não esquece (mesmo que queira) das músicas da famigerada dupla Michael Sulivan e Paulo Massadas, e de filmes como “A Fantástica Fábrica de Chocolates” (a 1ª versão, com o genial Gene Wilder) e "O professor aloprado" (com o inigualável Jerry Lewis). No meu caso lembro também de algumas coisas que li naquela época (final dos 80/início dos 90), desde clássicos como “I-Juca Pirama”, passando por obras contemporâneas como “Feliz ano velho” (Marcelo Rubens Paiva) e “Rota 66” (Caco Barcelos) até contos como Shazam (Moacyr Scliar) e “A Muralha” (não sei de quem é, mas falarei sobre ele num próximo post). E em que resulta isso tudo? Resulta em nossa personalidade, em nossas opiniões. Cada lembrança guardada, cada fato, cada música, livro, conto, poema ... completam o complexo quebra-cabeças da personalidade e das convicções de cada pessoa. E podemos mudar de opinião e/ou personalidade? Claro que sim. Estamos em constante mutação (agora lembrei do Raulzito e sua metamorfose ambulante). Mas sempre que percebo que uma pessoa mudou de opinião, uma dúvida passa a me atormentar: “terá ela vivido algo novo? Ou um fato antigo foi deletado de seu HD?”