terça-feira, 6 de setembro de 2011

Memória passional

Essa foi copiada do excelente blog "Rapadura Açucarada" http://rapaduradoeudes.blogspot.com/

NO TEMPO QUE MERTIOLATE ARDIA
No tempo que mertiolate ardia
Não existia bullying, mas a porrada comia
Não havia emo assim nas ruas, em plena luz do dia
E o que se sabia de rede era onde você dormia

No tempo que mertiolate fazia chorar
Não havia iPod, Ipad, nem essa coisas de twittar
Não havia facebook e você tinha de conversar
Não existia Restart tentando aprender a cantar

No tempo que mertiolate queimava
O Rubinho tava em casa e o Senna emocionava
E na Sessão da Tarde só filme bom passava
E até aquele locutor todo mundo aturava

No tempo que mertiolate era pra macho
Ninguém ficava on line com cara de tacho
Ia pra rua brincar e de noite via Cambalacho
E só pra ter como rimar, vou dizer o que eu acho

Que no tempo que mertiolate te faziar correr
Não tinha Wikipédia pra você não ter que ler
Nem Google pra te mostrar tudo que você não quer ver
Pois no tempo que mertiolate ardia, a coisa era pra valer
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sábado, 3 de setembro de 2011

21 anos sem SRV


Stevie Ray Vaughan foi um dos maiores “blueseiros” da história e, na minha opinião, o  melhor guitarrista (ao lado de Hendrix) de todos os tempos.
Se ainda estivesse vivo, completaria 57 anos em 03/10/2011, três dias antes do show de Eric Clapton em PoA.
Mas, como dizia Renato Russo: “os bons morrem jovens”.
Em 27/08/1990 após um show com Eric Clapton, Buddy Guy, e outras feras, SRV embarcou em um helicóptero juntamente com alguns integrantes da banda de Clapton. O helicóptero caiu logo após a decolagem ...
O corpo de Stevie Ray Vaughan está enterrado no Laurel Land Memorial Park, em Dallas, no Texas, mas sua obra continua viva entre os que amam a boa música.

Vamos começar light com um som acústico (mas não tente fazer em casa) e depois partimos para quebradera.



segunda-feira, 1 de agosto de 2011

A LIBERDADE DE ROBERTA

Roberta sempre foi uma mulher muito atraente. Admirada e desejada por todos que tinham a graça de conhecê-la, desde muito cedo causou alvoroço na sociedade com seu comportamento fora dos padrões da época. Como se não bastasse sua personalidade forte, não se sabe se por necessidade financeira ou aptidão natural (ou as duas coisas), Roberta iniciou na prostituição. Mas nunca gostou de ser chamada de prostituta. Não, preferia “puta”. Acreditava que era melhor para o marketing.
Corajosa e determinada, Roberta enfrentou a sociedade retrógrada e as autoridades repressoras, sem nunca se acovardar. Prestou seus serviços sem fazer distinção de raça, credo ou gênero.
E Roberta parecia mesmo um poço de virtudes. Além de ser agraciada com belas curvas, também tinha seu dom empreendedor. Começou aliciando/treinando algumas meninas que possuíam características parecidas com as suas, e logo, de prostituta/puta passou a proprietária de prostíbulo, ou puteiro como ela preferia. E, nesse ponto, o fato de exercer uma atividade não regulada era uma vantagem, afinal, não tinha a quem prestar contas da qualidade do serviço, e seus clientes não tinham uma autoridade ou entidade a quem recorrer no caso de insatisfação com o serviço prestado.
E Roberta prestava vários serviços a importantes figuras da sociedade. Enriqueceu rapidamente, fez a alegria de muitos e levou outros tantos a ruína social e financeira ... “Roberta fudeu com muita gente” – diziam.
Rica, visual atraente, carisma diferenciado, e com influência sobre algumas autoridades - seja por favores ou simplesmente pelo silêncio - foram alguns dos fatores que, por algum tempo, garantiram que não prosperasse quaisquer tentativas de instalarem concorrência aos seus serviços.
Mas o tempo passa, e Roberta já não é a mesma, nem seus serviços. E apesar de ainda ser muito atraente, já não encanta a todos. Então, a concorrência ganha força. E vejam só, aparece até quem queira regulamentar esses serviços.
“É um absurdo”. Roberta não aceita, e brada aos seus clientes “não se deixem enganar, eles querem acabar com a PUTARIA”.